Antibióticos
Os antibioticos são substâncias que tem capacidade de interagir com micro-organismos unicelulares ou com seres pluricelulares que causam infecções no organismo. Sendo uma forma de tratamento das doenças infecciosas, através da inibição do crescimento bacteriano por acção bacteriostática, ou com a destruição de uma população bacteriana, por uma acção bactericida.
Os principais grupos de antibacterianos são os antipariteais, antimembranares, inibidores da síntese proteica, inibidores dos ácidos nucleicos e antimetabolitos.
Os antibióticos de escolha no tratamento das infecções causadas por Legionella pneumophila são os macrólitos, constituidos por eritromicina, azitromicina e claritromicina. Estes antibióticos são inibidores da síntese proteica nos ribossomas, através da sua ligação reversível à subunidade 50s. No entanto, os microrganismos têm vindo a desenvolver mecanismos de resistência que têm contrariado os avanços alcançados no tratamento de infecções.
Os mecanismos de resistência do microrganismo podem ser naturais ou adquiridos. A resistência natural é uma característica intrínseca de um microrganismo, que ocorre sem uma exposição prévia ao antibiótico. A resistência adquirida acontece através de mutação num loci do cromossoma ou pela transferência horizontal de genes, ou seja, por aquisição de genes de resistência, que estavam anteriormente presentes noutros microrganismos. Em os mecanismos de resistência aos antibióticos são a alteração da permeabilidade, a alteração do local de acção, a bomba de efluxo e o mecanismo enzimático que altera a estrutura química do antibiótico.
Existem vários mecanismos que conferem resistência aos macrólitos como a impermeabilidade da parede celular, o efluxo activo do fármaco para o exterior, a inactivação do medicamento por enzimas bacterianas que hidrolisam o anel lactona e a alteração do local de ligação do antibiótico devido a uma mutação, fazendo com que haja uma diminuição de afinidade para com a eritromicina e outros macrólidos.